Vitória Carvalho

Cultivar repertório não é só adquirir conhecimento — é desenvolver consciência.

Segundo ele, o capital cultural pode se manifestar de três formas:

• Incorporado: tudo aquilo que você carrega em si — seu vocabulário, referências, gostos, gestos, repertório sensível.


• Objetivado: livros que você tem, músicas que ouve, arte que consome.


• Institucionalizado: títulos, diplomas, cursos — aquilo que o mundo “valida”.

Mas o que mais silenciosamente diferencia uma pessoa verdadeiramente interessante é algo quase invisível: o capital cultural .

Esse conceito foi formulado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu , que identificou a cultura como uma espécie de “moeda simbólica” .

Ela se acumula com o tempo e aparece nos detalhes:

na forma como você escuta, interpreta,... See more

A cultura começa quando você escolhe não passar direto .

E isso pode acontecer em qualquer lugar: ouvindo uma música nova, reparando em uma obra de arte antiga, se perguntando o porquê de um costume, buscando o significado de uma palavra, conhecendo suas origens.

“ O verdadeiro analfabetismo é a falta de curiosidade; a curiosidade é a essência da cultura. ” — Goffredo Parise

O repertório cultural não é só para ser “uma pessoa interessante”.

É para você finalmente ser uma pessoa inteira .

(Apesar de que, no meu ver, apenas Jesus tem o poder de nos completar. Mas afinal, admirar a criação dEle, não é uma forma de adorá-lo? Aí já entraríamos em outra filosofia muito interessante.)

a cura não vem da quantidade de coisas que você conquista,

mas da qualidade das coisas que você deixa morar dentro de você.