
Topologia da violência (Portuguese Edition)

Segundo Carl Schmitt, a essência da política é a distinção entre amigo e inimigo[55]
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Quem destrói é destruído; quem abate é abatido; quem vence, ao mesmo tempo perde. Falta a essa guerra toda e qualquer visibilidade e publicidade, na medida em que ela se apresenta como se fosse paz.
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Assim, segundo Aristóteles, amigo é um “segundo si-mesmo” (allos autos)[123]. A “suprema medida da amizade”, segundo Aristóteles, equipara-se ao amor “que se tem por si mesmo”
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A superprodução e a superacumulação de hoje, porém, são transeconômicas. Elas transcendem o valor de uso e rompem o elo econômico que há entre meio e fim.
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se da ilusão de que um incremento de capital significa igualmente um incremento de vida, mais capacidade de viver. A separação rígida, rigorosa entre vida e morte coloca a própria vida em uma rigidez espantosa. Assim, a preocupação por um viver bem dá lugar à histeria por sobreviver.
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Assim, escreve Agostinho sobre o amor do pai ao filho: “Puto
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A comunicação do global é uma comunicação pós-imunológica. É precisamente pela falta de negatividade imunológica que se chega a uma supercomunicação. E a massa comunicativa que surge com isso acaba propiciando uma crescente entropia no sistema.
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Segundo Girard, cresce a valoração pelas coisas quando muitos as desejam ao mesmo tempo. Quer-se possuir precisamente aquilo que os outros também querem possuir. Assim, a “mímesis apropriadora” desencadeia um conflito violento, pois dois desejos que se voltam para o mesmo objeto impedem-se mutuamente.
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Portanto, quando alguém possuía muito dinheiro significava que dispunha de muitos animais, e que a qualquer momento podia fazer uma oferenda sacrificial. Com isso, ele se apoderava de uma grande “violência rapace” de morte[26]. Dinheiro ou capital são, portanto, recursos contra a morte.