De tédio, ninguém morre; pistas para entender os nossos tempos (Portuguese Edition)
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De tédio, ninguém morre; pistas para entender os nossos tempos (Portuguese Edition)

Há quase 100 anos, as pesquisas antropológicas apontam que inovações tecnológicas — sejam elas quais forem — surgem para resolver tensões culturais. E, quando resolvem os problemas de um tempo, elas ganham escala. E, à medida que avançam, reorganizam o tecido social, redefinem posições de poder, redistribuem o capital político e econômico,
... See moreretomada da nação enquanto uma comunidade imaginada
Junto da antropóloga Ruth Benedict, gosto da ideia de que a cultura é uma lente que a gente usa para enxergar o mundo.
“sociabyte” — termo que uso para classificar as madames dos tempos digitais.
“flopa” tudo aquilo que não tem poder de captura no mar de estímulos cotidianos, não mobiliza as emoções e não tem capacidade de gerar ainda mais interações nas redes.
No entanto, a História ensina que as novidades surgem por causa das demandas do espírito do tempo e, conforme se consolidam, viram outra coisa. Não seria diferente com as novas economias e as plataformas digitais. A cultura domestica o novo, ao seu jeito. Aqui começam os problemas.
Castells pontua também que o capitalismo informacional é guiado pelo princípio da flexibilidade. As caixinhas que organizam as nossas vidas se misturam umas às outras.
O fato de as plataformas digitais assumirem protagonismo na conexão entre pessoas resulta na transferência da lógica dos apps para as relações humanas.
tecnologia deu uma roupagem nova, trendy e mais desejável aos bicos e à economia do compartilhamento. Na Gig Economy, os trabalhadores se sentem patrões, donos do próprio tempo, guerrilheiros na destruição dos antigos monopólios (dos taxistas, dos hotéis etc.) e desbravadores da nova era do trabalho.