bell hooks Institute.

Mulheres com amor oferecem ao mundo seus dons interiores, procurando companhias para compartilhar respeito e reconhecimento mútuos — uma comunhão de almas que vai perdurar e nos sustentar.

Existir em estado de comunhão é estar ciente da natureza da existência. É aqui que ecologia e justiça social se unem, com o conhecimento de que a vida é um bem comum. Saibamos ou não, existimos porque trocamos, porque movimentamos nossos dons. E o conhecimento disso é tão crucial para as condições da alma quanto sua prática é para o corpo.

A verdade que nunca esquecemos é que “o amor é tudo”. E porque o amor tem esse poder, ele está sempre conosco, dentro de quem ama. Ele nos oferece a possibilidade de comunhão contínua.

Conforme deixamos para trás as coisas do passado que são apenas fardos — os relacionamentos que aprisionam em vez de nos libertar —, conforme passamos por uma mudança de atitude, desenvolvemos a força interior necessária para percorrer o caminho até o amor, para fazer da nossa busca por amor uma grande aventura e uma profunda busca espiritual.

É preciso coragem para que as mulheres se oponham à sedução da dominação, à transformação do amor em sinônimo de conflito erótico entre as pessoas poderosas e as desprovidas de poder.

Movidos pelo amor por outra pessoa, nos tornamos mais dispostos a deixar nossas velhas identidades secarem e caírem e adentramos a noite escura da alma, para nos despirmos mais uma vez frente à presença do grande mistério que reside no âmago de nosso ser.

quando nos unimos a outra pessoa em um vínculo comprometido, somos transformadas. O eu interior cresce e se expande.

A vida se transforma.