A vida é curta demais para tomar café em canecas ordinárias (Portuguese Edition)
amazon.com
A vida é curta demais para tomar café em canecas ordinárias (Portuguese Edition)
Morte não-literal ninguém vê, ninguém sabe. Só você. Muita coisa que nasce na gente, só a gente vê morrer e é assim que tem que ser. Um sentimento, assim como um desejo ou uma expectativa, respeita o ciclo da vida.
Mas nem todo luto é sofrido. Nem todo fim é perda, pode ser que seja recomeço.
Afora o mundo que parece já ter acabado e ninguém se deu conta, venho travando minhas lutas íntimas que, você sabe, não têm sido poucas nem pequenas. Ao menos, me sinto mais resignada e menos reclamona do que de costume. Estaria eu, finalmente amadurecendo?
Você tá me dizendo que é isso que eu faço com os meus…com os nossos sonhos? – Booooa, garota! É isso! Você não degusta. Ou a fome é muita e você come cru ou você gosta tanto que guarda pro final, e come frio.
Sei, claro…aquele preto que Dinda Marise me deu! Você já usou? – Não. Ficou curto, não cabe mais. Nós fomos a festas maravilhosas, mas não usamos o vestido esperando “a festa perfeita”, que nunca aconteceu. E eu achei por bem doar o vestido novo… com cheiro de mofo. – Não acredito que você deu o meu vestido!!! – Você deu. Um dia você se olhou no es
... See moreTipo aquele vestido que você ganhou de presente no seu aniversário de 15 anos que você veste para desfilar em frente ao espelho, enquanto espera pela festa perfeita para finalmente usá-lo, sabe?
Uma vez eu li em algum lugar que uma pessoa só morre de verdade quando ninguém mais lembra dela. Se isso for verdade, eu a forço a viver e não sei até onde isso está certo. Mas essa não é a história de uma mulher que morreu, é a história da mulher que viveu. Morrer não difere ninguém.
Funciona assim com as minhas angústias: eu faço com elas a mesma coisa que os adultos fazem com crianças pequenas quando precisam encontrar uma distração rápida: “olha ali, Angústia, que bonitinho o passarinho…“
Sabe qual a semelhança e a diferença entre nós e o besouro rola-bosta? É que a gente carrega muita bosta também, mas não sabe usar nem como adubo pra florescer. Uma vida empurrando bosta pra nada é muito triste, Clau, ainda por cima quando a gente tá carregando a bosta dos outros.