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no fim, amar e morrer nos lembram que existir é sempre estar à espera de algum encontro e que até a morte, quando chega, é uma forma de ser achado. e a vida não é prêmio ou castigo, mas algo que nos obriga ser insistente.
julya • sobre o que (ainda) nos faz humanos
compaixão e empatia são diferentes lados da mesma coisa. é o que nos permite olhar o que é estranho e ainda assim entender. talvez seja isso que nos mantém humanos.
julya • sobre o que (ainda) nos faz humanos
não existe nada mais humano do que o desejo de ser amado, o medo de estar sozinho e a curiosidade de entender o mundo mesmo quando ele parece não querer ser entendido.quanto mais tentamos ser racionais, mais nos afastamos dessa parte vulnerável que insiste em sentir.
sobre o que (ainda) nos faz humanos
o mundo quer que mulheres odeiem seus corpos. corpos magros nunca são magros o suficiente. corpos gordos são tratados como projetos inacabados. corpos no meio são empurrados para um lado ou para o outro. nada nunca é suficiente.
lele moreira ✮ • a felicidade, infelizmente, é magra
o problema não é apenas estético — é que isso recria um padrão inalcançável para a maioria das pessoas. e quando você não consegue alcançar (porque é impossível sem intervenção médica ou restrição extrema), você se sente fracassada.
lele moreira ✮ • a felicidade, infelizmente, é magra
é sobre saúde’ . mas saúde não te faz perder 20kg em 3 meses. saúde não te deixa com aquela magreza assustadora que a gente via nas modelos dos anos 90.
lele moreira ✮ • a felicidade, infelizmente, é magra
muitas pessoas falam de saúde quando o assunto é corpo gordo, mas ninguém está preocupado com saúde de verdade. se fosse sobre saúde, academias seriam ambientes acolhedores para todos os corpos. se fosse sobre saúde, médicos não receitariam emagrecimento como cura universal para qualquer sintoma.
a felicidade, infelizmente, é magra
O sofrimento feminino, quando não é negligenciado, é facilmente enquadrado como exagero emocional, fraqueza ou desvio psicológico, nunca como uma resposta legítima às estruturas sociais que causam esse adoecimento.
Maria Kupkowski • A Romantização do Sofrimento e a Desmoralização do Suicídio Feminino, Aspectos Sociais que Negligenciam a Dor das Mulheres.
Ao observar a construção da feminilidade que inclui o sofrimento como virtude, compreende-se que o sofrimento feminino não é apenas socialmente aceito, ele é esperado, reforçado, consumido e, por fim, despolitizado.