Hoje, usamos os mesmos itens com as mesmas referências, pelas mesmas razões — ou pela falta delas. O que antes era um acessório moldado pela personalidade, agora parece ser a personalidade moldada pelo acessório.

em que momento a gente para de escolher o que ama e começa a escolher o que "faz sentido" ?

Quando foi que trocamos o encantamento pelo julgamento?

Ser adulto virou, muitas vezes, um exercício de autocensura.

A gente aprende a não exagerar, não chamar atenção. Aprende a caber.

Mas talvez seja justamente isso que nos esvazie: caber demais.

A geração que cresceu com menos referências criava mais.

Com menos acesso, vinha mais invenção. Era preciso imaginar, testar

Vivemos uma era que celebra a autenticidade, a liberdade de expressão e o “seja você mesmo” em cada bio de rede social. Mas basta caminhar alguns quarteirões ou rolar alguns segundos no feed para perceber que essa conta não fecha. O que era estilo virou Ctrl C + Ctrl V , a estética da individualidade virou uniforme — e, curiosamente, todo mundo... See more