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Ensaio Sobre a Cegueira
tudo depende de onde se esteja.
José Saramago • Ensaio Sobre a Cegueira
O medo cega,
José Saramago • Ensaio Sobre a Cegueira
Que temos de morrer, sabemo-lo desde que nascemos, Por isso, de uma certa maneira, é como se já tivéssemos nascido mortos,
José Saramago • Ensaio Sobre a Cegueira
os adjectivos não nos servem de nada, se uma pessoa mata outra, por exemplo, seria melhor enunciá-lo assim, simplesmente, e confiar que o horror do acto, só por si, fosse tão chocante que nos dispensasse de dizer que foi horrível,
José Saramago • Ensaio Sobre a Cegueira
Se fosses mulher e tivesses estado onde nós estivemos, pensarias doutra maneira,
José Saramago • Ensaio Sobre a Cegueira
A gente, disse no tom de quem sorri de si próprio, habitua-se tanto a ter olhos, que ainda julga que os pode usar quando já não lhe servem de nada,
José Saramago • Ensaio Sobre a Cegueira
alguns adormeceram imediatamente, e não havia de que estranhar, depois dos sustos e sobressaltos por que tinham passado, o corpo, apesar de tão parcamente alimentado, abandonava-se à moleza da química digestiva.
José Saramago • Ensaio Sobre a Cegueira
voltaremos ao lugar onde nos humilharam para que da humilhação nada fique,
José Saramago • Ensaio Sobre a Cegueira
mais necessidade teriam os que estão vivos de ressurgir de si mesmos, e não o fazem, Já estamos meio mortos, disse o médico, Ainda estamos meio vivos, respondeu a mulher.