Como mudar sua mente: O que a nova ciência das substâncias psicodélicas pode nos ensinar sobre consciência, morte, vícios, depressão e transcendência (Portuguese Edition)
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Como mudar sua mente: O que a nova ciência das substâncias psicodélicas pode nos ensinar sobre consciência, morte, vícios, depressão e transcendência (Portuguese Edition)

Mas muitos dos voluntários relataram que em uma única experiência guiada com substâncias psicodélicas foram capazes de reinterpretar o câncer e a perspectiva de morrer. Muitos afirmaram ter perdido totalmente o medo da morte. E a explicação para essa transformação era particularmente intrigante, mas também vaga. “Os indivíduos transcendem sua
... See moreHofmann foi para casa, deitou num sofá e, “num estado de sonho, de olhos fechados (…) comecei a ver uma série ininterrupta de imagens fantásticas, formas extraordinárias com cores intensas e caleidoscópicas”. Assim aconteceu a primeira viagem de LSD do mundo, numa Suíça neutra durante um dia de um dos períodos mais sombrios da Segunda Guerra
... See moreA chegada desses dois compostos também está ligada ao surgimento da contracultura na década de 1960 e, talvez em especial, a seu tom e estilo. Pela primeira vez na história, os jovens tinham um rito de passagem todo deles, a “viagem de ácido”.
Em vez de tentar uma definição de algo tão difícil de conceber, James oferece quatro “marcas” pelas quais podemos reconhecer uma experiência mística. A primeira e, na opinião dele, “mais fácil” é a inefabilidade: “O sujeito da experiência diz imediatamente que ela desafia a linguagem, que nenhum texto pode descrevê-la de forma adequada”
Essa preparação cuidadosa significa que uma certa expectativa é provavelmente inevitável. Afinal de contas, os pesquisadores estão preparando as pessoas para uma experiência importante, que envolve morte e renascimento e que tem um potencial de transformação.
Na época eu não sabia, mas a diferença entre essas duas experiências com a mesma droga demonstrava algo importante e especial a respeito dos compostos psicodélicos: o papel crítico do “cenário” e do “ambiente”.
Acontece que o que inspirou Griffiths, um improvável pesquisador de compostos psicodélicos, a pesquisar o poder da psilocibina de provocar uma experiência “de tipo místico” foi uma experiência mística que ele próprio viveu.
Por fim, Richards se convenceu de que a consciência é uma propriedade do universo e não do cérebro. Nesse ponto, ele se aproxima do pensamento de Henri Bergson, o filósofo francês que concebeu a ideia de que a mente humana é uma espécie de receptor de rádio, capaz de sintonizar frequências de energia e informação que existem fora dele.
Herbert D. Kleber, que trabalhou como vice de William Bennett, o czar das drogas de George H.W. Bush, e depois foi diretor do Departamento de Abuso de Narcóticos da Universidade Columbia, elogiou o artigo por sua metodologia rigorosa e admitiu que pode haver “grandes possibilidades terapêuticas” na pesquisa de compostos psicodélicos, “que