Como mudar sua mente: O que a nova ciência das substâncias psicodélicas pode nos ensinar sobre consciência, morte, vícios, depressão e transcendência (Portuguese Edition)
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Como mudar sua mente: O que a nova ciência das substâncias psicodélicas pode nos ensinar sobre consciência, morte, vícios, depressão e transcendência (Portuguese Edition)
Por fim, Richards se convenceu de que a consciência é uma propriedade do universo e não do cérebro. Nesse ponto, ele se aproxima do pensamento de Henri Bergson, o filósofo francês que concebeu a ideia de que a mente humana é uma espécie de receptor de rádio, capaz de sintonizar frequências de energia e informação que existem fora dele.
A melhor maneira de perceber como hábitos mentais nos cegam completamente é viajar para um país desconhecido. De repente você está desperto! E é obrigado a refazer os algoritmos da rotina, como se tudo recomeçasse do zero. É por isso que o uso da metáfora da viagem para a experiência psicodélica é tão adequado.
Montaigne aprovaria
Carl Jung escreveu certa vez que não são os jovens, mas as pessoas de meia-idade, que precisam de uma “experiência do sagrado” para ajudá-las a negociar a segunda metade de suas vidas.
Em vez de encerrar todas as pesquisas, como muitos na comunidade psicodélica acreditam que aconteceu, o governo apenas tornou mais difícil obter novas autorizações, e o financiamento acabou se esgotando.
Perguntei se ele concordava com E.O. Wilson, que escreveu que todos nós temos que, em última instância, escolher: ou o caminho da ciência ou o da espiritualidade. Mas Griffiths não vê esses dois caminhos como mutuamente excludentes e tem pouca paciência para absolutistas de qualquer um dos lados dessa suposta divisão.
Na época eu não sabia, mas a diferença entre essas duas experiências com a mesma droga demonstrava algo importante e especial a respeito dos compostos psicodélicos: o papel crítico do “cenário” e do “ambiente”.
Tudo que ele me disse foi que a experiência, que aconteceu durante sua prática de meditação, levou-o a conhecer “algo tão, tão distante da visão materialista de mundo que nem posso discutir isso com meus colegas, porque envolve metáforas e suposições que, como cientista, me deixam desconfortável”.
Ok Computer
O artigo de Griffiths e sua recepção serviram para reforçar a diferença entre os chamados compostos psicodélicos clássicos — psilocibina, LSD, DMT e mescalina — e as drogas de abuso mais comuns, com sua já demonstrada toxicidade e potencial de dependência.
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Ao administrar doses cuidadosamente controladas, os neurocientistas podem alterar profundamente a consciência desperta dos voluntários, diluindo as estruturas do “eu” e provocando o que pode ser descrito como uma experiência mística.