Como funciona o fascismo: A política do "nós" e "eles" (Portuguese Edition)

O sintoma mais marcante da política fascista é a divisão. Destina-se a dividir uma população em “nós” e “eles”.

“É o racista que cria o inferiorizado”.

O nacionalismo fascista cria um “eles” perigoso, contra o qual devemos nos proteger, às vezes combater, controlar, a fim de restaurar a dignidade do grupo.

Os sindicatos criam laços mútuos ao longo de linhas de classe e não de raça ou religião. Essa é a razão fundamental pela qual os sindicatos estão na mira da ideologia fascista.

A política fascista inclui muitas estratégias diferentes: o passado mítico, propaganda, anti-intelectualismo, irrealidade, hierarquia, vitimização, lei e ordem, ansiedade sexual, apelos à noção de pátria e desarticulação da união e do bem-estar público.

A misoginia é o que enfrentam as mulheres, que são culpadas quando as expectativas patriarcais não são cumpridas.

Corrupção, para o político fascista, consiste na corrupção da pureza, e não da lei.

A retificação de injustas desigualdades sempre trará sofrimento àqueles que se beneficiaram de tais injustiças.

A política fascista procura destruir as relações de respeito mútuo entre cidadãos, que são a base de uma democracia liberal saudável, substituindo-as, em última instância, pela confiança apenas numa figura, o líder. Quando a política fascista é mais bem-sucedida, o líder é considerado pelos seguidores como o único confiável.