
Cartas para minha avó (Portuguese Edition)

Não apenas eu não tive tempo de conhecê-la, mas você também não pôde me conhecer.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
Na maioria das vezes, o amor não é apenas sentimento, mas também ideologia. Condiciona-se o olhar, o sentir.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
São muitos os obstáculos, as porradas que a gente toma por “ousar” sair do nosso lugar, e nada foi fácil.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
Era quase intuitivo absolvê-la em vida de tantas violências que ela aguentou calada.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
Hoje já não choro de dor. Sinto saudade, como não? E lembro com alegria dos momentos que tivemos.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
O racismo também tem dessas, vó: afasta as pessoas negras das culturas que elas mesmas construíram.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
Ela batia no peito dizendo que criaria homens dignos, que vigiaria tudo muito de perto.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
E a justificativa era a velha frase de sempre: “Estou te preparando para a vida”. Preparar para a vida, quando se trata de uma criança negra, é ser brutalizada o bastante para aprender a lidar com a brutalidade do mundo. É um ciclo que se propaga impedindo a gente de ser, somente ser.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
Como se as pessoas negras, historicamente, não soubessem que não é possível fazer o que se quer por conta do racismo, que mata não apenas sonhos, mas vidas.