
Cartas para minha avó (Portuguese Edition)

Como essa dor será carregada para sempre, ela não pode nos fazer afundar e esquecer as memórias felizes.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
“Ela já está uma mulher, que corpão”, as pessoas falam sobre adolescentes de catorze, quinze anos sem o menor constrangimento.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
Consegui tirar o peso do não dito, da vergonha em falar sobre menstruação. Conversamos sobre sexo, sem tabus. Ao mesmo tempo, a educo para não acreditar que liberdade sexual é só dizer sim. Também é sobre dizer não, se respeitar, não acreditar que é careta porque nunca namorou.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
o fim é o único caminho possível para certas relações,
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
as lágrimas barradas pelo “você precisa ser forte”.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
Eu não precisava fingir autenticidade, eu simplesmente podia sentir, deixar sair pelos meus poros todas as situações de angústia por não saber qual caminho seguir, deixar escorrer toda mágoa das coisas que não haviam sido, cada ressentimento pelas situações de solidão.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
é importante se humanizar ao se permitir falar do que se tem vontade, sem se importar com aquela cobrança chata de “e aí, não vai falar sobre tal coisa?”.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
Como se as pessoas negras, historicamente, não soubessem que não é possível fazer o que se quer por conta do racismo, que mata não apenas sonhos, mas vidas.
Djamila Ribeiro • Cartas para minha avó (Portuguese Edition)
Há que se fazer a diferença aqui entre sensível e suscetível. Sensível é um traço bom, de alguém que se deixa comover — quando adolescente eu já chorava com músicas que me emocionavam, com livros. Suscetível, por outro lado, é ser frágil, passivo.