quando o outro vai, a gente fica com a gente.

Aquilo que não suportamos ver em nós, com frequência, projetamos no outro,

O amante é mesmo um inventor do amado.

Encontros amorosos são encontros entre duas pessoas e suas faltas,

É porque alguém em algum momento nos amou, ainda que tenha amado mal, que a gente aprende a amar, ainda que ame mal.

Miramos no amor e acertamos na solidão, porque no amor encontramos sempre algum desencontro ao vermos que o outro não é nosso reflexo.

“Não quero faca nem queijo; quero é fome”.

É que o outro é sempre outro, especialmente quando é ele mesmo. Aliás, é sobretudo quando o outro é ele mesmo que ele nos interessa,

Os amantes estão com frequência a pedir palavras uns dos outros. Porque são as palavras que fazem ponte entre a solidão de um e a solidão do outro no amor.